Páginas

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"DUPRAS" SERTANEJAS

Ri muito com um e-mail (título acima) que recebi hoje. Que dupla sertaneja é um negócio tão chato quanto abrir embalagem de cream-cracker (da Pilar), isso lá todo mundo sabe; só não sabia que os nomes de algumas duplas eram de uma sem-noçãozice tão bizarra. Por outro lado, seguindo a política do quanto pior melhor, a galeria abaixo é feita da nata mais refinada, a tropa de elite da música sertaneja. Vê se eu tô mentindo.
PREFERIDO E PREDILETO
Um pouco pretensiosos. Não me lembro de nenhum momento na história da música brasileira em que esses sujeitos foram sequer conhecidos, quanto mais favoritos.
BENTO E MAMÃO
Ou melhor: "Mamão e Mamão". Dois mamões. E o nome do disco? "Um porre de sucessos". Que trocadilhozinho peba esse, viu? Rapaz, de porre estava quem foi escutar isso aí (ou deve ter ficado depois de ouvir).
LEAL E LEGAL
Os caras são gente boa. Dá pra ver o carisma, né? Mas se o carinha da esquerda fosse negro, a dupla ia ser: "Morfheu e Neo".
DOMYNGO & FERYADO
Feijão com arroz. Queijo com goiabada. Pão com ovo. Pipoca com guaraná. Essas combinações bem que funcionaram. Mas "Domyngo e Feryado" pra mim ainda tá meio café com leite.
ATLETA E TREINADOR
Lançado no país do futebol, daí tu tira o nome das músicas. "Eu e você no zero a zero", "Naquela noite, você me deu cartão vermelho", "Com a bola toda", "Por teu amor eu sou fominha", e outros sucessos como "Juiz ladrão", "Camisa 12" e "Menina, tu bate um bolão".
ROCKY & SANTEIRO
Putz grila, isso aí é um prato cheio pra arriação! É tanta idéia que vem na hora que a gente esquece. Mas lembrei de duas. Primeiro que esse Rocky tá mais pra Viúva Porcina. Segundo: se aproveitar de novela pra batizar qualquer coisa é tática das antigas. Basta lembrar (como fiz isso?) da favela de Roda de Fogo e dos supermercados América, em Recife. (A gente tem que dar crédito também aos carinhas, pois dividir o nome de um personagem em dois pra nomear a dupla foi uma jogada digna de santificados. Fazem jus ao nome, menos Rocky, é claro! Digo, Porcina.)
CONDE E DRACULA
Esses aí fecham nossa galeria de arte com chave-de-ouro. O belíssimo trabalho vai do projeto gráfico e do figurino (como é visível) até os títulos das canções. "Sanguessuga do amor", "Quero você em meu caixão", "Dançando até o dia não raiar", "Morena do sangue quente", "Quando (não) me olho no espelho", "Me convida pra entrar na sua vida", "Bafo de alho" e outros grandes hits como "Vampirinha atrevida", "Me morde" e "Não chupo mais pescoço de galinha".
Essas e outras preciosidades "esquecidas" pela MPB você só encontra aqui em O BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS. O blog pra quem só lembra do que não presta. Aguardem por mais "dupras" sertanejas no próximo post. Inté mais, seus esquecíveis!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

RAMALI PARRENTI VÊ URNEGÓS DARMINALI?

Não é árabe, não é esperanto, nem ku-klux-klanês. Também não foi extraído de "O Caminho da Índias", não. Afirmo, ou melhor, nego com essa certeza empírica porque fui eu mesmo quem ouvi um cobrador figura pronunciar isso aqui em Aldeia, município de Camaragibe, Pernambuco. Mais precisamente na comunidade de Vera Cruz, vulgarmente conhecida como "Rachão". Uma comunidade pobre, bem "esquecida" pela Prefeitura (já notei que quem mais se esquece das coisas são os políticos; mas eles não sofrem com os esquecimentos deles; é o povo quem sofre).

Bom, estava voltando pra casa num microônibus, depois de aplicar aulas o dia todiiiiiiiinho. 18h00. Cansado e bêbado de sono. O cobrador, parece, estava todo ouriçado paquerando umas "oferendas" do Rachão, que tinham acabado de descer fazendo charme. E foi aí que o cobrador falou o título do blog, que representa acusticamente o convite que ele fez ao motorista. No português dos gramáticos menos frescurentos seria assim:

- VAMOS ALI PARA A GENTE VER OS NEGÓCIOS DAS MENINAS ALI? (tradução minha)

Viu só? O que o cobrador falou é muito mais prático, fluente e bonito, minha tia! É brasileirês brasileiríssimo! Só não é o oficial, nem foi exportado. Mas é massa demais. Depois desse episódio, passei a observar mais o linguajar do pessoal do Vera Cruz. Fiz umas anotações e registrei aqui abaixo um
PEQUENO GUIA DE BOLSO com algumas expressões e palavras pra você ir aprendendo, caso algum dia você pegue um microônibus em Aldeia e não saiba se comunicar com os cobradores e motoristas do Rachão. Dáli aí, pai:

DIAÊLAÍ
(Não é africano) "Diz a ele aí", expressão usada para garantir que aquilo que você diz é verdade. Só serve se tiver no mínimo três pessoas na interação verbal.

ARRÊA
Vai!

DÁLI
Vai!

ROCHEDO
Indivíduo carismático que inspira confiança e respeito; algo que é bom.

PARADA DESCE
(Não é a parada que vai descer; é você ou alguém) Usa-se para informar ao motorista ou ao cobrador que uma parada foi solicitada; ou seja, que você (ou alguém) vai descer. Recomenda-se fazer isso dando batucadas na carcaça do microônibus. Chute não vale.

ACUNHA
Vai!

RAI
Vai!

BÓBÓBÓ
Apressar algo ou alguém; ir mais ligeiro. Equivale a um triplo "acunha", "arrêa" ou "dáli".

RAILÁ
(Não é árabe, nem indiano) Usado para pedir que alguém se dirija a deterimado local.

DETONA
(Não é ato terrorista) Vai!

RAIGA
Vai!

BÓSIBÓ
Variação de "bóbóbó". Pode ser empregado também quando se quer apenas ir embora e não está apressado.

RAIOTARU
(Não é japonês) Também não é uma descarga elétrica partindo do céu e qualificada negativamente. É quando queremos que alguém se mobilize ou pare de fazer algo: "Vai, otário!"

LA URSA
Mulher feeeeeeeia que dói na vista.

HAHHAHAHAAH! La ursa é bronca, viu?! Essa é a melhor de todas e me acabei de rir quando o motorista falou. Merece outro post isso (se me vier à memória...). Enfim, galerinha, ainda teria uma infinidade de outras palavras e expressões de cobradores e motoristas do Rachão, mas só consegui me lembrar destas (como era de esperar).

Agora, que "URNEGÓS DARMINALI" é esse que o cobrador tanto queria ver, eu não sei. Mas deve ser coisa boa, já que o cara ia abandonar o serviço no meio do caminho. Enfim... prefiro não (me lembrar de) comentar! AHHAHAHAHAH!

Dáli, esquecidos!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

EXPRESSÕES E DITOS POPULARES

Caramba, passei muito tempo sem postar aqui. E nem adianta explicar o motivo (até porque eu não lembro), pra não me empolgar com a explicação e acabar esquecendo o assunto deste post, que é o que interessa.

Enfim. Se tem uma coisa que eu admiro nas pessoas que não sofrem de disfunções mnemônicas (que ironia lembrar essa palavra..) é a aquela mania de usar ditados populares pra tudo. Não importa a conversa. Serve também como argumento pra qualquer afirmação.

Os dois sujeitos estão batendo um papo no barzinho antes do jogo da Seleção, quando Galvão Bueno (bueno.. desconfio que esse bicho seja é um mala argentino) dita a escalação. Aí um deles solta: "Pô, Dunga mudou a mercadoria do time de novo, véi! Fruta que caiu, que bicho burro do baralho!" O outro emenda: "É, doido, em time que tá ganhando, não se mexe...".

Tá ligado? Massa, né? Eu sei que vocês não estão vendo nada de fenomenal aí. Mas pra mim isso é uma habilidade incrível. Fico doidinho pra falar um dito no momento certo, sem trocar nenhuma das palavras. Saindo fácil. Na lata. Eiiita, que beleza. Mas isso não acontece. Se fosse eu a dar a resposta ali no bar, sairia assim o ditado: "em time que tá mexendo, não se ganha!".

Entendam, eu sei muito bem em que contexto aplicar o dito-cujo, a bronca é que, quando eu vou enfiar o provérbio, o danado sai troncho, quebrado, desmemoriadamente adulterado, geneticamente modificado. Entendeu, minha tia? Por aí. Aliás, é isso. Os meus ditados populares são todos transgênicos. Você pode até engolir um, mas sempre vai ter uma substanciazinha ali que não vai bem. E aí pode vir uma indigestão mental das boas. Mas relaxe que depois dá vontade rir. E a risada compensa. Muito. Continua lendo pa tu vê, fera!

Foi quando estava passeando com uma ex pela Caxangá, em frente à Exposição dos Animais, que tomei a decisão de nunca mais soltar um dito desses sem antes pensar três vezes, revisar o texto, analisar as conexões de sentido, ensaiar baixinho, murmurando cada sílaba, pra só então verbalizar o danado (e, mesmo assim, é melhor... hum, esqueci).

Bom, ia eu lá conversando com a menina, quando (não sei bem o que foi) ela contou que fez uma coisa que resultou num duplo benefício pra ela. "Oxi, é agora.", pensei. Puxei pela memória o banco de dados de expressões e provérbios do povão e soltei, empolgado, como se fizesse isso todo dia: "Matasse, então, um coelho com duas cajadadas só!" Oxi, só com duas? Bate mais nesse coelho! Meu irmão, isso é um coelho duro de matar, nada, hein? A menina parou de repente, processou a informação, o cérebro avisou que aquilo não fazia sentido algum e a mulé riu demais, gargalhou pra caramba da minha cara. Vergonha, véi...

Enfim. A sorte é que ela era gente fina e eu já namorava ela alguns anos; fosse outra tinha se mijado de rir e rompido a relação ali mesmo! Aliás, quem iria morgar o esquema com ela era eu! Gosto de mulé mijona, não! Inda mais no meio dum lugar tão público como a Caxangá! AHHAHAHAHAH!

Pois é, vou nessa que quem não tem gato, caça com cão! (sei que isso não tem o menor sentido, mas se eu acertar o ditado vai dar no mesmo, então..)

terça-feira, 28 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

SEPARADOS NA MATERNIDADE II

BLOGUEIRO ENCONTRA OUTRO MEIO-IRMÃO FAMOSO

Como se não bastasse os meio-irmãos famosos apontados em seu blog "O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", o pernambucano Jefferson Clause, 29, agora tem mais outro. Achando o blogueiro parecidíssimo com o vocalista e líder do Foo Fighters, Dave Grohl, 38, uma leitora divulgou fotos para a assessoria de imprensa do cantor. Poucos dias depois, Grohl revelou que, de fato, de acordo com sua mãe, tem outro meio-irmão mais novo que nunca chegou a conhecer e não descarta a possibilidade de ser o blogueiro pernambucano. "Era normal minha mãe ir ao Brasil pra uma curtição. Numa dessas, pode ter rolado alguma coisa por lá. Meu pai era um brocha." Apesar disso, ao se referir ao brasileiro, o cantor afirmou que não existe nada de parecido entre eles. "Minha memória é péssima. Mas, pelo que me lembro das fotos, eu sou bem mais gato."


Fonte: Revista Rolling Stones Brasil, edição 31, abril/09.

domingo, 12 de abril de 2009

SEPARADOS NA MATERNIDADE

Vocês talvez não se lembrem, mas eu já disse aqui que sempre tive uma incrível capacidade de parecer com todo mundo menos comigo mesmo. Eita, eu nunca falei isso? Foi mal, eu tinha esquecido desse detalhe.. Enfim, isso não vem ao caso. Eu tava querendo dizer que as pessoas costumam me achar parecido com tudo o que é tipo de gente, encontram semelhanças absurdas, vêem coisas onde não tem.

E a onda agora é eu ser sósia de vocalistas de banda. Que massa. Mas, honestamente, dos que estão aí embaixo, apenas um foi exagero a comparação. O resto eu chego a acreditar em duas hipóteses que expliquem as semelhanças: (1) puladas de cerca de painho em outros municípios, estados e até países; (2) somos filhos, sim, dos mesmos painho e mainha, mas fomos separados na maternidade em momentos e hospitais diferentes e ninguém nunca disse nada pra gente. Mas hoje eu tirei a prova dos nove.

Queria agradecer às muitas pessoas que descobriram essas semelhanças, graças a elas, poderei, quem sabe, ir ao programa Porta da Esperança e pedir (em ritmo de festa) a Sílvio Santos e Roque (rodando, Roque!) para conhecer meus irmãos por parte de pai. Ah! o programa não existe mais? Caraca, que pena.. Valeu a tentativa. Enfim, vamos às descobertas.

Meus alunos, por exemplo, dizem que sou a cara do Di (vocalista do NX Zero). Confere?


Eu também me achei bem mais gato (opa! não que Di também seja.. cuidado aí com as deduções errôneas..). Já uma (ex)namorada garantiu que eu pareço muito mais com o vocalista do Red Hot Chilli Peppers, Anthony Kiedis. Tu acha?



Tem um pouco a ver. Vá lá. Os dois têm cara de tabacudo. Agora, na moral, acho que pegaram meio pesado quando falaram que eu era todinho o Mick Jagger (vocalista do Rolling Stones), hein, velho?

Bando de trepeças do inferno, sei não... Nada a ver, né? O quê? Vaaaaaiii tu também, trepeça!
fdas
Uma pausa agora. Esse caso aqui exige mais reflexão. É daqui da terrinha mesmo. Já foi vocalista de uma ótima banda, Sheik Tosado; de uma outra banda, a Del Rey (formada só pra ganhar dinheiro junto com a galera do Mombojó) e agora ele faz seus vocais num projeto solo. O nome do meu "irmão por parte de pai" é China. Dá uma sacada.

É, acho que, dentre todos, China pode ser apontado como um indício muito forte de que cada um seguiu rumos diferentes ao sairmos do berçário. HAHAHAHA! É brincadeira. Mas não posso negar que o carinha é parecido comigo mesmo (se bem que eu sou gato; ele não) e já sinto até uma certa simpatia e intimidade, né, big brother? Chegue batendo. o/
fdas
O que meu irmão carnal não sabia era que eu também adoro música, já toquei em algumas bandas, fui vocalista e sou compositor até então. Será que isso tá no sangue? DNA tem dessas coisas.
fdas
Um dia, espero, vou entrar com contato com meu meio irmão China pra gente tirar essa história a limpo. A primeira coisa que vou perguntar pra me assegurar de que a gente pode mesmo ter sido separado na maternidade é se ele também sofre com perda de memória. Ahááááá, isso aí é batata! Até lá, vamos ver se... droooogaa eu ia falar mais o quê, mesmo...?
fdas
Esquece!

sábado, 11 de abril de 2009

ELA NÃO PRECISA MAIS DE VOCÊ

O post anterior terminava 'filosofando poeticamente' sobre o esquecimento como felicidade, certo? E você deve estar se perguntando como um esquecidinho que nem eu lembrou disso, né? E eu respondo com outra pergunta: pra que existe barra de rolagem, hein, doido(a)? É claro que tive que descer e reler o que escrevi antes, porque não me lembrava mais de nada. Talvez não tenha deixado claro uma coisa sobre mim, mas faço isso agora. É verdade, eu sou esquecido mesmo, mas daí a eu não ter cérebro a distância é grande. Ora p...inóia, esqueci de novo o que tava falando no início (peraí, deixa eu reler rapidinho ali em cima a primeira fras.. ah! lembrei!).

O esquecimento é a melhor terapia para superar a dor e viver em paz? Faria bem para minha maturidade apagar de minha mente momentos traumáticos, tristes, como tirar 2,5 em matemática bem vermelho no boletim, cagar nas calças e ser lavado no tanque pela funcionária da escola com aquela pirralhada do "Jardim 2" rindo da sua cara, pedir parada num calor do inferno e o ônibus acelerar e passar rasgando na pista diante de umas quarenta pessoas ou ser pego na mentira pelos amiguinhos da 6a. série, por dizer que tinha um megadrive quando, na realidade, não tinha nem um mastersystem? (Ei, isso tudo aconteceu comig.. como é que minha mente teve a audácia de lembrar destas m..!?) Bom, continuando, seria mesmo bom deletar da memória, por exemplo, uma pessoa muito amada no passado como um(a) namorado(a) porque ela nos magoou muito? É sobre isso que aborda o filme "O BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS". (É, eu me liguei, realmente, eu já tinha assistido e gostado mesmo desse filme. Falei com meu irmão, que me garantiu isso. O que me leva à conclusão de que o título do blog não foi invenção minha, mas um ataque súbito de lembrança; o que, de qualquer maneira, também não tira minha alegria.. réééééééé!). Eeeeiiita, o filme!

Clementine (Kate Winslet) sofreu decepções com o namorado Joel (Jim Carrey). Não suportando continuar amando alguém cuja lembrança só trazia angústia, decidiu fazer numa clínica um tratamento experimental que consistia em apagar da mente episódios ou pessoas que fossem a causa do mal-estar. Ao saber disso, Joel entra em depressão e resolve fazer o mesmo. O problema é que, como adverte bem o cartaz promocional do filme (aí em cima), de fato, "you can erase someone from your mind. Getting them out of your heart is another story." Tradução em bom pernambucanês: "Tu até pode apagar a mulé da tua cabeça, federal. Agora, tirar ela do teu coração é outros quinhentos, tá ligado?" Enfim, o melhor mesmo é assistir. Mas quem for curioso ou apressado e quer saber um pouco mais, antes de ir na locadora ou no ambulante com aquela bolsa cheinha de DVDs piratex ou na internet baixar o vídeo, entra aí: http://www.adorocinema.com/filmes/brilho-eterno/brilho-eterno.asp.

Nem me pergunte como, cara, acabei de me lembrar que uma música dos Beatles, do álbum Revolver (um dos meu prediletos), talvez possa, em melodia e letra, traduzir um pouco a sensação de Joel (e minha também) quando sua (ex)namorada resolve eliminá-lo de sua vida e olhar friamente em seus olhos como se não tivesse ninguém significativo diante dela. Ah! já ia me esquecendo, o nome dessa linda canção melancólica é "For no one".

http://www.youtube.com/watch?v=EQCi6ASHVUM

Your day breaks, your mind aches
You find that all her words of kindness linger on
When she no longer needs you
She wakes up, she makes up
She takes her time and doesn't feel she has to hurry
She no longer needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You want her, you need her
And yet you don't believe her when she says her love is dead
You think she needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You stay home, she goes out
She says that long ago she knew someone but now he's gone
She doesn't need him
Your day breaks, your mind aches
There will be times when all the things she said will fill your head
You won't forget her

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

(Se estiver com dificuldades para traduzir a letra, acesse: http://fornoone.thebeatles.lyricschord.com/musics_songs.php?id=91786)

Ela não precisa mais de você. Ela não precisa mais de você. Você acha que ela precisa de você. Pois é, Joel. Se ela ainda precisasse de você, não teria te apagado da memória dela. Como este tratamento só existe na ficção cinematográfica, muita gente tenta esquecer do(a) ex-namorado(a) queimando cartas, rasgando fotos, apagando telefones, evitando ambientes ou amizades em comum, excluindo do msn ou do orkut, tomando cana, fumando um baseado, batendo a cabeça contra a parede em alta velocidade (e "de com força"), dando um tiro na pessoa ou pulando de um prédio!

Eu não sou nenhum desses procedimentos. Evidentemente, já passei, assim como tantas (ou todas) outras pessoas, pelas várias agruras provocadas pelo amor: amar quem não me ama, não amar quem me ama de verdade e até simplesmente não amar ninguém. Não sentir amor. Não sentir. Não. N. Mas como vocês já devem ter notado, eu sou um pouco esquecido. É tão fácil me apaixonar quanto me desapaixonar por alguém pelo simples fato de que, se a pessoa acabar um relacionamento comigo (ou eu com ela) e não bolar uma estrategiazinha que seja para mostrar que ainda perambula na minha vida, eu esqueço dessa pessoa. O prazo máximo é uma semana para esquecer telefones, um mês para esquecer o nome da mulézinha e três pra responder "Foi mal, aí, sei quem tu é não, doida!", quando a ex, esbarrando em mim num gamestation da vida perguntar: "Jeeeeff, como é que tu tá, menino?"

Não sei se ter uma memória ruim é bom. Sei que não preciso do tratamento experimental do filme. Sei também que meus lampejos de lembrança foram um dos maiores motivos de reclamação de minhas (poucas) ex-namoradas (e também do fim dos namoros). "Você nem dá sinal de vida!", "Até parece que eu não existo! Você se esquece de ligar pra mim, Jeff!", "Tá namorando comigo ainda, meu filho? É que faz só um mês que a gente não se fala". Tôôôôô, sim, minha liiiiiiiiiiiinda! AHHAHAHHHAHA! Olha só que cínico! Enfim, isso é assunto pro próximo post. Problemas nos namoros por causa de problemas de memória.

Eu ia dizer ainda outra coisa. Deixa pra lá, né? O bom é que lembrei de marcar um lembrete no celular falando pra não esquecer de postar amanhã. Espero que eu não me esqueça de olhar esse aparelhinho.
Até lá, figuras memoráveis! Vou me abastecer com um pouco de fósforo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

POR QUE ESTOU FAZENDO UM BLOG?

Meu irmão, eu não me lembro. Provavelmente, porque eu queria registrar em algum lugar minhas idéias, besteiras, poesias esquecidas, as contas a pagar (faz tempo que a Oi me avisa que vai cortar a linha!.. eiiita lembrei de uma coisa, depois eu pago), enfim, acho que eu tava querendo não esquecer de umas coisinhas importantes (que eu não me recordo bem o que eram), mas para eu estar aqui trocando meu tempo para escrever um blog em vez de escutar o Revolver ou de fazer um cuscuz com charque e ficar fazendo nada na rede é porque sem dúvida.. esqueci. Desculpa, eu ia concluir dizendo alguma coisa mas esqueci que quando escrevo períodos longos não consigo finalizar o pensamento. Quer dizer, esqueci não, agora eu lembrei que isso acontece. Que bom, então é melhor escrever curto.

Antes eu tava falando o quê mesmo? Ah, não lembra também? Então esse é o seu blog, meu amigo e minha amiga. Olha eu querendo dar uma de quem conversa com o(a) leitor(a), que nem aquele carinha muito conhecido dos livros exigidos no vestibular, que era mulato e pobre, carioca, que um escritor conhecido da época dele ajudou o pirraia a ler e pá, aí o bicho se empolgou e meteu a ler de tudo e aprendeu francês, espanhol, alemão, inglês, polonês, esperanto, mandarim, marcianês e os carambas tudo! Que ele até ficou tão ninja na leitura e na escrita que foi considerado por muitos o maior escritor da língua portuguesa, que até Eça de Queirós ficou meio enciumado e meio que rolava uma certa competição entre Eça e... queeeeeeeem é esse cara dooooooidoooooo?! Pô, agora esqueci onde ia chegar de novo, só porque não lembrei o nome do Bruxo do Cosme Velho, escritor realista fuderoso quase tão bom quanto Machado! Caramba, velho! É Machado! Eu sabia! This is a fuckin-shit-around-pleasure-all-nite-long! !$%$!¨$#!%$#!$%#!%! Aêêê, pena que não sei mais a importância disso pra o que tava querendo dizer..

Bom, o fato é que beleza, vamos lá, onde eu parei.. Tal, pá, Machado, certo, lá, lá, lá, Cosme Velho, beleza, aí pá, competição, Eça, é isso aí, vai, huuuumm, maior escritor, Brasil, carioca, beleza, pirraia, sozinho, pobre, aprendeu, pá e pá, várias línguas, carinha da gráfica ajudou ele, então, só, beleza, pivete empolgado, aí, pá e tal, guri é um escritor bom, vestibular recomenda, huuum, estilo de conversar com leitor, e aí, leitor, na paz, beleza? pá de coisa, blá, blá, blá e coisa e tal, eu também só quero dar uma de conversar com a galera que lê, beleza, oxi é isso, né? Eu tava dando uma de Machado, tirando onda com o leitor no papo e tal. Aháááá! Só lembrei porque subi a barra de rolagem e fingi que tava relembrando pouco a pouco por palavras-chave, aaahhh, pegueeeii, caro(a) leitor(a) imaginário(a); imaginário(a), sim, porque sei que ninguém vai querer (ou querer se lembrar de) ler esta m...ensagem que estou no fundo no fundo mandando é pra mim mesmo. Beleza.

E é essa acho a finalidade desse blog. Me fazer lembrar de coisas que vivi e penso justamente para me fazer acreditar que foram significativas. Póetico e filosófico, não? É, também achei que não. Enfim, se alguém agüentar acompanhar estas asneiras que escrevi/vou escrever e se eu lembrar que tenho um blog nos próximos dias eu continuo esta p...rodução sem sentido de uma mente que brilha eternamente sem lembranças. Me disseram uma vez que isso daria um bom título, por isso coloquei algo parecido aí em cima neste blog; me disseram, aliás, também, que isso na realidade É o título de um bom filme (olha ele aí em cima); e me disseram também que eu assisti e gostei. Eu não lembro (ou não lembro de ter assistido, ou de ter gostado; um dos dois, enfim, não lembro).

A coisa mais marcante que me lembro é que (não lembro quem me disse isso) o segredo da felicidade é o esquecimento. Tanto de coisas ruins quanto de coisas boas na sua vida. Porque, no fim das contas, se você não lembra, tanto faz tanto fez, elas não são nem ruins nem boas. Elas simplesmente não são. Não existiram. Que coisa, hein?

Enfim, vou fechar este texto antes que me esqueça! Até o próximo (se eu me lembrar de postar).

DE QUEM LEMBRO