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sábado, 11 de abril de 2009

ELA NÃO PRECISA MAIS DE VOCÊ

O post anterior terminava 'filosofando poeticamente' sobre o esquecimento como felicidade, certo? E você deve estar se perguntando como um esquecidinho que nem eu lembrou disso, né? E eu respondo com outra pergunta: pra que existe barra de rolagem, hein, doido(a)? É claro que tive que descer e reler o que escrevi antes, porque não me lembrava mais de nada. Talvez não tenha deixado claro uma coisa sobre mim, mas faço isso agora. É verdade, eu sou esquecido mesmo, mas daí a eu não ter cérebro a distância é grande. Ora p...inóia, esqueci de novo o que tava falando no início (peraí, deixa eu reler rapidinho ali em cima a primeira fras.. ah! lembrei!).

O esquecimento é a melhor terapia para superar a dor e viver em paz? Faria bem para minha maturidade apagar de minha mente momentos traumáticos, tristes, como tirar 2,5 em matemática bem vermelho no boletim, cagar nas calças e ser lavado no tanque pela funcionária da escola com aquela pirralhada do "Jardim 2" rindo da sua cara, pedir parada num calor do inferno e o ônibus acelerar e passar rasgando na pista diante de umas quarenta pessoas ou ser pego na mentira pelos amiguinhos da 6a. série, por dizer que tinha um megadrive quando, na realidade, não tinha nem um mastersystem? (Ei, isso tudo aconteceu comig.. como é que minha mente teve a audácia de lembrar destas m..!?) Bom, continuando, seria mesmo bom deletar da memória, por exemplo, uma pessoa muito amada no passado como um(a) namorado(a) porque ela nos magoou muito? É sobre isso que aborda o filme "O BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS". (É, eu me liguei, realmente, eu já tinha assistido e gostado mesmo desse filme. Falei com meu irmão, que me garantiu isso. O que me leva à conclusão de que o título do blog não foi invenção minha, mas um ataque súbito de lembrança; o que, de qualquer maneira, também não tira minha alegria.. réééééééé!). Eeeeiiita, o filme!

Clementine (Kate Winslet) sofreu decepções com o namorado Joel (Jim Carrey). Não suportando continuar amando alguém cuja lembrança só trazia angústia, decidiu fazer numa clínica um tratamento experimental que consistia em apagar da mente episódios ou pessoas que fossem a causa do mal-estar. Ao saber disso, Joel entra em depressão e resolve fazer o mesmo. O problema é que, como adverte bem o cartaz promocional do filme (aí em cima), de fato, "you can erase someone from your mind. Getting them out of your heart is another story." Tradução em bom pernambucanês: "Tu até pode apagar a mulé da tua cabeça, federal. Agora, tirar ela do teu coração é outros quinhentos, tá ligado?" Enfim, o melhor mesmo é assistir. Mas quem for curioso ou apressado e quer saber um pouco mais, antes de ir na locadora ou no ambulante com aquela bolsa cheinha de DVDs piratex ou na internet baixar o vídeo, entra aí: http://www.adorocinema.com/filmes/brilho-eterno/brilho-eterno.asp.

Nem me pergunte como, cara, acabei de me lembrar que uma música dos Beatles, do álbum Revolver (um dos meu prediletos), talvez possa, em melodia e letra, traduzir um pouco a sensação de Joel (e minha também) quando sua (ex)namorada resolve eliminá-lo de sua vida e olhar friamente em seus olhos como se não tivesse ninguém significativo diante dela. Ah! já ia me esquecendo, o nome dessa linda canção melancólica é "For no one".

http://www.youtube.com/watch?v=EQCi6ASHVUM

Your day breaks, your mind aches
You find that all her words of kindness linger on
When she no longer needs you
She wakes up, she makes up
She takes her time and doesn't feel she has to hurry
She no longer needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You want her, you need her
And yet you don't believe her when she says her love is dead
You think she needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You stay home, she goes out
She says that long ago she knew someone but now he's gone
She doesn't need him
Your day breaks, your mind aches
There will be times when all the things she said will fill your head
You won't forget her

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

(Se estiver com dificuldades para traduzir a letra, acesse: http://fornoone.thebeatles.lyricschord.com/musics_songs.php?id=91786)

Ela não precisa mais de você. Ela não precisa mais de você. Você acha que ela precisa de você. Pois é, Joel. Se ela ainda precisasse de você, não teria te apagado da memória dela. Como este tratamento só existe na ficção cinematográfica, muita gente tenta esquecer do(a) ex-namorado(a) queimando cartas, rasgando fotos, apagando telefones, evitando ambientes ou amizades em comum, excluindo do msn ou do orkut, tomando cana, fumando um baseado, batendo a cabeça contra a parede em alta velocidade (e "de com força"), dando um tiro na pessoa ou pulando de um prédio!

Eu não sou nenhum desses procedimentos. Evidentemente, já passei, assim como tantas (ou todas) outras pessoas, pelas várias agruras provocadas pelo amor: amar quem não me ama, não amar quem me ama de verdade e até simplesmente não amar ninguém. Não sentir amor. Não sentir. Não. N. Mas como vocês já devem ter notado, eu sou um pouco esquecido. É tão fácil me apaixonar quanto me desapaixonar por alguém pelo simples fato de que, se a pessoa acabar um relacionamento comigo (ou eu com ela) e não bolar uma estrategiazinha que seja para mostrar que ainda perambula na minha vida, eu esqueço dessa pessoa. O prazo máximo é uma semana para esquecer telefones, um mês para esquecer o nome da mulézinha e três pra responder "Foi mal, aí, sei quem tu é não, doida!", quando a ex, esbarrando em mim num gamestation da vida perguntar: "Jeeeeff, como é que tu tá, menino?"

Não sei se ter uma memória ruim é bom. Sei que não preciso do tratamento experimental do filme. Sei também que meus lampejos de lembrança foram um dos maiores motivos de reclamação de minhas (poucas) ex-namoradas (e também do fim dos namoros). "Você nem dá sinal de vida!", "Até parece que eu não existo! Você se esquece de ligar pra mim, Jeff!", "Tá namorando comigo ainda, meu filho? É que faz só um mês que a gente não se fala". Tôôôôô, sim, minha liiiiiiiiiiiinda! AHHAHAHHHAHA! Olha só que cínico! Enfim, isso é assunto pro próximo post. Problemas nos namoros por causa de problemas de memória.

Eu ia dizer ainda outra coisa. Deixa pra lá, né? O bom é que lembrei de marcar um lembrete no celular falando pra não esquecer de postar amanhã. Espero que eu não me esqueça de olhar esse aparelhinho.
Até lá, figuras memoráveis! Vou me abastecer com um pouco de fósforo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gosteiii do novo texto espero q os proximos sejam muito engaçados e interessantes!

Até a próxima...


bjs!

JEFF CLAUSE disse...

Valeeeeeuu, minha irmã! E eu espero que eu consiga lembrar de coisas engraçadas e interessantes pra contar sempre! ;þ

Até o outro post!

Abração!

DE QUEM LEMBRO