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quarta-feira, 15 de julho de 2009

EXPRESSÕES E DITOS POPULARES

Caramba, passei muito tempo sem postar aqui. E nem adianta explicar o motivo (até porque eu não lembro), pra não me empolgar com a explicação e acabar esquecendo o assunto deste post, que é o que interessa.

Enfim. Se tem uma coisa que eu admiro nas pessoas que não sofrem de disfunções mnemônicas (que ironia lembrar essa palavra..) é a aquela mania de usar ditados populares pra tudo. Não importa a conversa. Serve também como argumento pra qualquer afirmação.

Os dois sujeitos estão batendo um papo no barzinho antes do jogo da Seleção, quando Galvão Bueno (bueno.. desconfio que esse bicho seja é um mala argentino) dita a escalação. Aí um deles solta: "Pô, Dunga mudou a mercadoria do time de novo, véi! Fruta que caiu, que bicho burro do baralho!" O outro emenda: "É, doido, em time que tá ganhando, não se mexe...".

Tá ligado? Massa, né? Eu sei que vocês não estão vendo nada de fenomenal aí. Mas pra mim isso é uma habilidade incrível. Fico doidinho pra falar um dito no momento certo, sem trocar nenhuma das palavras. Saindo fácil. Na lata. Eiiita, que beleza. Mas isso não acontece. Se fosse eu a dar a resposta ali no bar, sairia assim o ditado: "em time que tá mexendo, não se ganha!".

Entendam, eu sei muito bem em que contexto aplicar o dito-cujo, a bronca é que, quando eu vou enfiar o provérbio, o danado sai troncho, quebrado, desmemoriadamente adulterado, geneticamente modificado. Entendeu, minha tia? Por aí. Aliás, é isso. Os meus ditados populares são todos transgênicos. Você pode até engolir um, mas sempre vai ter uma substanciazinha ali que não vai bem. E aí pode vir uma indigestão mental das boas. Mas relaxe que depois dá vontade rir. E a risada compensa. Muito. Continua lendo pa tu vê, fera!

Foi quando estava passeando com uma ex pela Caxangá, em frente à Exposição dos Animais, que tomei a decisão de nunca mais soltar um dito desses sem antes pensar três vezes, revisar o texto, analisar as conexões de sentido, ensaiar baixinho, murmurando cada sílaba, pra só então verbalizar o danado (e, mesmo assim, é melhor... hum, esqueci).

Bom, ia eu lá conversando com a menina, quando (não sei bem o que foi) ela contou que fez uma coisa que resultou num duplo benefício pra ela. "Oxi, é agora.", pensei. Puxei pela memória o banco de dados de expressões e provérbios do povão e soltei, empolgado, como se fizesse isso todo dia: "Matasse, então, um coelho com duas cajadadas só!" Oxi, só com duas? Bate mais nesse coelho! Meu irmão, isso é um coelho duro de matar, nada, hein? A menina parou de repente, processou a informação, o cérebro avisou que aquilo não fazia sentido algum e a mulé riu demais, gargalhou pra caramba da minha cara. Vergonha, véi...

Enfim. A sorte é que ela era gente fina e eu já namorava ela alguns anos; fosse outra tinha se mijado de rir e rompido a relação ali mesmo! Aliás, quem iria morgar o esquema com ela era eu! Gosto de mulé mijona, não! Inda mais no meio dum lugar tão público como a Caxangá! AHHAHAHAHAH!

Pois é, vou nessa que quem não tem gato, caça com cão! (sei que isso não tem o menor sentido, mas se eu acertar o ditado vai dar no mesmo, então..)

3 comentários:

Anônimo disse...

skaoskpaokspaokspakspokasp =D
muiiito escroto! tbm sou mt ruim em lembrar qualquer ditado popular. tipo eu sempre troco os termos cmo vc faz.
mas tem vez que eu invento coisa que nao tem, saca? tipo, ja falei uma vez:
"casa de fedelho, espeto de pau!" aí é fooda!!

abraco!

Luiza Pinto disse...

sim, também troco muito os termos e não sei a maioria deles. e sim, seu blog está mt mt bom . ESQUECIDINHO até o próximo post . beijão (:

Luana disse...

Tá muito legallllll seu blog. Parabéns!!!
Gostei das críticas.Você não viu nada ainda com relação a essa comunicação ( meio diferente ) dos cobradores e motoristas da linha. Ah, já esquecendo continua tentando um dia você consegue lembrar de algum dito certo!!! ;)Bjsssssss

DE QUEM LEMBRO